segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A CERTEZA DO ONTEM, A ANSIEDADE PELO AMANHÃ


São 00,20 do dia 30 de Novembro. Depois de ler, de redigir uma acta de uma Associação, fiquei aqui no meu sofá a pensar. Frio de 3º la fora. Silencio que aqui e a esta hora se consegue sentir. Tanto me vem ao pensamento. Tanto de bom e tão mau. Passado, com representação do futuro. È economia, é politica, é sociedade, é situação europeia, é situação mundial, e o estar mal, e ter a certeza evidente do pior. Será possivelmente um contra censo, mas não me quero recordar de 2010. Foi o período da minha vida de 52 anos, que mais dissabores conscientes me trouxe è minha vida. Amigos que apunhalaram e atraiçoaram, amigos cujo compostamente para comigo foi sempre um teatro; gente que eu tinha como da minha família, e que de repente nem um olá me dispensa, ainda que mais não fosse através de um sms. Cada noticia que me chega, ultimamente é sempre pior que a anterior… quem diria. E ainda falta um mês para este ano acabar. Que chegue depressa a 2011, pois nesse já sei o que nos espera a todos, e viverei possivelmente muito melhor, se a dor que sinto relativamente a algumas pessoas, for como uma espécie de ferida, mas já cicatrizada. Pior que o sentimento de ter um filho em missão em S. Tomé, é ter a certeza que alguém que durante muito tempo, considerei também como filho, e que actualmente tem um comportamento como se eu estivesse em Missão no local mais inóspito da floresta amazónica. Não pensem que tenho rancor ou outro tipo de sentimento mau por essas pessoas… não. Sinto uma magoa, que só teima em não passar definitivamente. Eu que tantas vezes cantei e toquei Não julgueis e não sereis julgados, perdoai e sereis perdoados. É o que tenho que fazer, estou a fazer, embora me custe muito, só porque sou humano. Melhores dias virão, se Deus quiser.

sábado, 28 de agosto de 2010

QUANDO O AMOR DESAPARECE, E FICA SO O PRAZER...BEM, PENSAVA EU QUE OS RACIONAIS NÃO SERIAM CAPAZES...!


A mulher do século XXI tem um comportamento cada vez mais masculino: é sexualmente agressiva e quer satisfazer os seus desejos sem a «obrigação» da paixão ou do relacionamento.
O sexo casual, sem compromisso, passou a ser uma realidade para a mulher moderna, que já não é passiva em assuntos de cama.
Esta é uma das conclusão do estudo «O Que as Mulheres Querem», realizado pela agência de publicidade Publicis, que revela que as mulheres estão a assumir os papéis tradicionalmente reservados aos homens e a definir como objectivos prioritários, a conquista de sucesso, amor e dinheiro.
Aliás, as mulheres portuguesas representam 60 a 80 por cento dos clientes das sex-shops e o número de mulheres que frequentam clubes de striptease aumentou muito nos últimos anos.
A mudança de atitude em relação ao sexo levou a que a mulher se tornasse quase tão infiel como o homem. É infiel para melhorar a sua auto-estima, sentir-se mais bonita, mais poderosa e mais capaz de seduzir. Hoje em dia, a infidelidade envolve 24 por cento das mulheres contra 39 por cento dos homens.
As mulheres do século XXI estão determinadas em mostrar que são tão boas, ou melhores, do que os homens nas profissões tradicionalmente masculinas e vão «invadindo» os territórios que eles consideram habitualmente como seus, das profissões à politica, do futebol ao sexo.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

EU QUERO SER UMA TV (Historia real)



Uma professora do ensino básico pediu aos alunos que fizessem uma
redacção sobre o que gostariam que Deus fizesse por eles..

Ao fim da tarde, quando corrigia
as redacções, leu uma que a deixou
muito emocionada. O marido, que, nesse momento, acabava de entrar,
viu-a a chorar e perguntou:
- O que é que aconteceu? '
Ela respondeu:
- Lê isto. Era a redacção de um aluno.

*'Senhor, esta noite peço-te algo especial: transforma-me num
televisor. Quero ocupar o lugar dele. Viver como vive a TV da minha
casa. Ter um lugar especial para mim, e reunir a minha família à
volta... Ser levado a sério quando falo... Quero ser o centro das
atenções e ser escutado sem interrupções nem perguntas. Quero receber
o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona. E ter a
companhia do meu pai quando ele chega a casa, mesmo quando está
cansado. E que a minha mãe me procure quando estiver sozinha e
aborrecida, em vez de me ignorar.. E ainda, que os meus irmãos lutem e
se batam para estar comigo.. Quero sentir que a minha família deixa
tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo. E,
por fim, faz com que eu possa diverti-los a todos.

Senhor, não te peço muito...Só quero viver o que vive qualquer televisor.'*

Naquele momento, o marido de Ana Maria disse:

- 'Meu Deus, coitado desse miúdo! Que pais'!

E ela olhou-o e respondeu:

- 'Essa redacção é do nosso filho'

PS - Talvez valha a pena ler outra vez... sim vale a pena
reler, e dar a conhecer ao mundo esta realidade.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

BISPO ASSASSINADO


Se este bispo tivesse cometido algum abuso sexual, estava já
em todas as páginas dos jornais e noticiários de rádio e televisão.

Mas, como foi assassinado não constitui notícia que interesse aos media divulgar.


Desde o dia em que o Presidente da Conferência Episcopal (Conferência de Bispos)
da Turquia foi assassinado na semana passada ( 2 dias antes de o Papa visitar
a ilha de Chipre), procuro encontrar a notícia nos nossos órgãos de informação. Nada. Apenas as agências católicas fazem circular esta informação.

ASSASSINAR um padre, é forte. Assassinar um BISPO é fortíssimo.

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Mas os média estão-se borrifando para os sacerdotes Santos e Mártires.

Outro exemplo:
No passado domingo foi beatificado o grande santo, o sacerdote mártir
do comunismo na Polónia, o padre Jersky Popieluzko, cuja morte despoletou
o princípio do fim do totalitarismo comunista na Polónia. Notícia de interesse para a cristandade
e para o mundo.
Alguém se apercebeu disso nas páginas dos jornais?


Nestes últimos dias apenas encontrei notícias de ... padres pedófilos/abusadores, etc.


É por isso que NÃO levo os média a sério e cada vez recorro mais
ao meu espírito crítico ao ouvir os noticiários/ler as notícias

domingo, 13 de junho de 2010

Sofrimentos da humanidade e da Igreja integram mensagem de Fátima

Sofrimentos da humanidade e da Igreja integram mensagem de Fátima


Sofrimentos da humanidade e da Igreja integram mensagem de Fátima
O Reitor do Santuário de Fátima faz um balanço sobre a visita do Papa ao santuário mariano. Refere a oportunidade e o futuro da mensagem de Fátima, sem esconder o desejo de ver novamente Bento XVI em 2017.


LFS
Agência Ecclesia - Foram quatro dias para reforçar a caridade, a esperança e a missão?

Pe. Virgílio Antunes - Sem dúvida. São quatro dias que todos vamos recordar como quatro dos mais bonitos da historia dos últimos tempos. Em particular os católicos, mas acredito ser o sentimento de toda a sociedade.

Saímos todos reforçados nas convicções, no desejo de aproximação, no desejo de continuar a missão de Jesus, de reforçar a esperança e alegria de viver.

O Papa é sinal de tudo isso para crentes e não crentes, para todos os homens de boa vontade. Acorreram a ouvir o Papa as pessoas de todas as condições, até com ideologias diferentes porque vêem o Papa como um sinal importante para a sociedade, em especial nos dias de hoje, tendo em conta a grande crise de valores e falta de autenticidade.

O Papa mostra que é possível viver nos valores, na autenticidade, nos valores aos outros.

AE - Que discursos proferidos reteve?

PVA - Os discursos que fez em Fátima marcaram-me mais. Estava mais predisposto a ouvi-los.

O facto de o Papa se apresentar como peregrino tem um grande valor pois significou, por gestos e palavras, uma aproximação, de forma muito importante, a milhares de pessoas que estavam e aqui passam.

Criou uma grande sintonia com todos os peregrinos de Fátima

Os seus discursos foram variados. Concretamente aos sacerdotes e religiosos onde indicou o sentido da fidelidade e santidade, do amor a Cristo e acolher a mensagem Evangélica, mas também o discurso proferido no encontro com os agentes da pastoral social, onde deixou apelos fortes à sociedade e instituições da Igreja.

O Papa disse que a Igreja tem de estar aberta e atenta aos pobres, tem de estar atenta ao pensar e sentir da sociedade, sem excluir ninguém.

São mensagens fortes que servem para todos não só para a Igreja. Um apelo à verdade que o Papa tem feito, que é o seu lema. Num mundo de relativização de valores, onde não há valores e certezas, o Papa contraria essa ideia. Para isso, indica, basta estarmos abertos à verdade e, cada um a seu modo, for mensageiro e uma pessoa aberta à verdade.

AE - Havia alguma expectativa sobre a presença de Bento XVI no Santuário, tendo em conta a relação que João Paulo II tinha com Fátima. A sua apresentação como um filho na Capelinha das Aparições foi determinante?

PVA - Foi muito emocionante para a multidão e também para o Papa. A Capelinha das Aparições tem um significado especial. O Santuário cheio e a multidão que acompanha e reza com o Papa cria uma forte emoção interior.

Bento XVI veio como peregrino e como um filho à casa da mãe. Os momentos do Papa na Capelinha vão ser inesquecíveis, tal como os momentos de silêncio de João Paulo II.

Gostei muito de ver o Papa a rezar a primeira parte do rosário com os peregrinos. Alguns duvidavam que fosse um Papa mariano, devoto de Nossa Senhora, agora não há dúvida.

AE - Que lugar vai merecer a imagem do Papa a rezar de joelhos o rosário na Capelinha?

PVA - É uma imagem muito forte que vai ao encontro de algumas atitudes que decorrem do próprio acontecimento das aparições. Não adoramos Nossa Senhora, mas o anjo da paz na aparição convidou a adoração a Deus, a oração prostrados, ou, segundo a tradição Ocidental, de joelhos.

Este gesto vem confirmar a atitude de muitos cristãos que ajoelham, que adoram a Deus, e que fazem o caminho de joelhos dentro do próprio Santuário. Vem de alguma forma confirmar todas as peregrinações que se fazem a fé, com sacrifício.

É uma imagem muito forte, que fica na memória de todos.

AE - Essa imagem ajudou a mudar a concepção que os portugueses tinham de Bento XVI?

PVA - Penso que mudou muitíssimo a imagem que os portugueses tinham do Papa. Era uma imagem falseada. Todos criamos imagens dos outros. Por vezes a comunicação social e a sociedade criam imagens reais ou imagens deturpadas das pessoas, situações ou instituições.

O Papa foi um pouco vítima de tudo isso.

Aqui em Fátima, eu imaginei o que o Papa trazia no coração – muito sofrimento, os últimos tempos foram conturbados, muita dor, confiança grande em Deus e em Nossa Senhora.

A atitude do Papa que chega como peregrino e se põe de joelhos, manifesta essa confiança. É a atitude de um homem de fé e crente, que não desiste porque confia na força de Deus.

AE - No avião, durante a viagem para Portugal, o Papa falou sobre o sofrimento da Igreja. Já em Fátima focou a oportunidade e futuro da mensagem de Fátima. Existe uma relação entre o momento de sofrimento da Igreja e a mensagem de Fátima?

PVA - O Papa já chamou a mensagem de Fátima a mais profética dos últimos tempos. Ao mesmo tempo refere o sofrimento da Igreja e diz que a mensagem de Fátima não está completa.

Isto não significa que exista uma parte por revelar, mas sim que a profecia de Fátima tem de ser vista de forma aberta, não pode fechar-se na relação com um ou outro acontecimento da história.

Algumas pessoas pensaram que tinha ficado encerrado com o Papa João Paulo II, o bispo vestido de branco que contou com a protecção de Nossa Senhora na Praça de São Pedro, com a queda do Muro de Berlim, a mudança dos regimes totalitaristas do Leste da Europa, o sofrimento da Igreja no Séc. XX.

O que eu leio nas palavras do Papa é que tudo isso integra a profecia de Fátima e todos os sofrimentos, quer da humanidade como da Igreja, fazem parte do conteúdo da mensagem.

Todas a profecias, as bíblicas inclusivamente, vão nesse sentido. Podem referir-se a algum acontecimento em concreto, mas são uma chave de leitura para os acontecimentos da história.

Tudo indica que a profecia de Fátima seja uma profecia que nos ajuda a ler os acontecimentos da história e o seu sentido, que vai culminar com o triunfo do coração imaculado de Maria, que é apenas a alegria de Maria, a alegria de Deus pela salvação da humanidade.

AE - Bento XVI falou, por duas ocasiões, o centenário das Aparições, que se assinalam em 2017. Espera em Fátima este Papa ou o seu sucessor?

PVA - Esperamos sim. O Papa falou de facto no centenário das Aparições e conjugou o verbo na segunda pessoa do plural - «vós estareis aqui de novo em Fátima para o centenário das Aparições».

Isto significa que está tudo em aberto. Da parte do episcopado, do Bispo de Leiria – Fátima e também do Santuário não há dúvida que todos gostaríamos que o Papa estivesse pressente no centenário das Aparições.

AE - Foi motivo de conversa?

PVA - Falou-se, mas à mesa de forma informal. O Papa sabiamente, não adianta nem atrasa

Nós gostaríamos e da parte do Papa existe essa abertura. Há que conjugar a oportunidade e as possibilidades. Está tudo em aberto.

Mas a programação para o centenário está já em marcha. A comissão organizadora já reuniu e definiu os temas doutrinais e teológicos relacionados com a mensagem de Fátima que vão orientar os próximos sete anos. Existe um esboço temático.

Desenvolvemos agora um esboço programático que, esperamos entre em acção no próximo Advento, no início do ano pastoral do Santuário de Fátima. Estamos a preparar alguns subsídios para ajudar as paróquias, as dioceses e os peregrinos, a viver estes sete anos inspirados na mensagem de Fátima.

sábado, 5 de junho de 2010

MISSÃO 2010- ZONA PASTORAL NASCENTE EM MISSÃO COM MARIA PEREGRINA



































































































































No dia 28 e 29 de Maio de 2010, tivenos em Penafiel, a dita de termos entre nós a Imagem da Virgem Peregrina. Chegou ao Campo da Feira de Penafiel às 10.30 do dia 28, onde foi feito o acolheimentos pelos mais idosos, em que foi rezado o terço, e cuja presidencia foi do sr bispo do Porto, D. Antonio Taipa. De seguida a imagem seguiu em procissão para a igreja do calvario em Penafiel. às 17 horas houve Vesperas. Às 21 foi a procissão da Igreja do Calvario, até ao santuario do Sameiro. Lindo, e com a participação de milhres de pessoas. Permaneceu aqui durante a noite, tendo sido levado a cabo uma vigilia de oração, durante toda a noite. No dia 29, às 14 horas foi a procissão da Imagem da Virgem até ao parque da Cidade. Muitos milhares a acompanharam. depois de chegada ao parque da Cidade, houve missa, presidida pelo sr bispo D. Antonio Taipa, e concelebrada pelos padres presentes. Ja passavam das 16 horas, quando o coro cantava a ultima estrofe do cantico .UMA PRECE FINAL AO DEIXAR-VOS MÃE DE DEUS. Ela desapareceu no horizonte, e rodeada de uma mar de lenços brancos que acenavam.




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Fica aqui uma saudade, mas também um desabafo.



Nesta iniciativa, estavam as paroquias pertencentes ás localidades de Paredes, Felgueiras, castelo de Paiva, Penafiel, Marco de canaveses, Lousada, Amarante, e Baião.




Só este apontamento:



Nestas zonas mencionadas existem mais de 80 padres. Eu nunca vi mais de vinte, se tantos, e na recepção à Virgem no campo da feira, estavam 7.



As mesmas zonas tem mais de 230 paroquias.... : O coro tinha menos de 200 elementos.


É muita pena, que continue a acontecer coisas assim.



Para mim fica a nota, que mote da minha vida: OU SE É OU NÃO SE É.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

E AGORA, COMO NOS ENCONTRAMOS ?


No dia 3 de Maio, faleceu a mãe de um amigo meu padre. Mãe de muitos irmãos (7). Nesse mesmo dia, o filho padre, quis celebrar uma missa de corpo presente. Este ja com sessenta e muitos anos, na presença de todos os irmãos, e de uma igreja cheia de familiares, e amigos, de muitos lados,no inicio da celebração, disse o seguinte:

-Hoje estamos aqui na presença da nossa mãe; mãe que em tempos dificeis, e porque ficou viuva ha mais de 30 anos, soube sempre dar a educação precisa e necessária no tempo, que apesar das dificuldades soube fazer de todos nos pessoas respeitadas e respeitaveis. Ontem dia da mãe, encontramo-nos todos em casa dela, na nossa casa. Ela que há muito não nos conhecia pelo nome, devido á sua doença e aos seus 88 anos, ontem a todos nos conheceu, filhos, netos e bisnetos. Eu que não costume andar com maquina fotografica, ontem trazia-a no carro. Fiz 35 fotografias; fotografias do ultimo beijo que nos deu a nossa mãe. E agora? Como vamos fazer para nos encontrarmos? Até hoje, diziamos todos: vamos até á mãe. E Agora...

Ficou o silêncio, e continuou emocionado a celebração.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

IMAGEM CEU, ESPELHO DA ALMA
















Este é na realidade o aspecto da minha alma,às vezes da minha vida, e por momentos do meu coração.

sábado, 17 de abril de 2010

Manoel de Oliveira tem pronto discurso para o Papa

Manoel de Oliveira tem pronto discurso para o Papa

Manoel de Oliveira já escreveu o discurso que vai dirigir a Bento XVI no próximo dia 12 de Maio, no Centro Cultural de Belém, no qual aborda a questão “da fé e das artes”.
O cineasta português foi a personalidade escolhida para falar ao Papa em nome dos agentes da cultura, num encontro em que também intervem o próprio Bento XVI, para além de D. Manuel Clemente, Bispo do Porto e presidente da Comissão episcopal responsável por esta área.
Manoel de Oliveira não entende este discurso como um “prémio”, mas reconhece que ficou “surpreendido” com o convite que lhe foi dirigido.
A poucos meses de completar 102 anos de idade, o realizador já foi galardoado em vários pontos do globo pela sua obra na Sétima Arte. Ainda assim, a sua paixão e vocação pelo cinema “continua bem viva e vai-se confirmando”, como disse à Agência ECCLESIA.
Estes mais de cem prémios são sinónimos de reconhecimento. Perdeu-lhes a conta, mas recorda aquele que recebeu de João Paulo II.
“Foi um Papa excepcional”, afirma.
Manoel de Oliveira compara o percurso dos dois últimos Papas: “Este (Bento XVI, ndr) é talvez mais culto, o outro tinha um sentido religioso e humano notável”. João Paulo II “até pediu perdão pelos erros cometidos pelo catolicismo”, acrescenta.
Depois de afirmar que “Deus é único”, o cineasta deixa lugar à dúvida: “Se é que existe”. “Já S. Paulo o fazia, quando disse: «Se Cristo não ressuscitou, toda a nossa fé é vã»”, justifica.
A inquietação religiosa “é permanente” e a “dúvida é presente”, todavia é contrabalançada “com a própria fé”, afirmou Manoel de Oliveira.
Para o cineasta, tanto “é inquietante aceitar a existência de Deus como negá-la”.
No diálogo com Deus “nunca ouvimos a voz” dele, mas “através dos apóstolos” e “dos homens que dizem que Deus disse”.
Apesar desta dúvida instalada, Manoel de Oliveira reconhece que “alguma coisa há que justifique todo este Cosmos e Universo” porque “ninguém nasceu por vontade própria”. Como somos criaturas, logo “haverá um Criador”.
Foi formado no seio de uma família católica e estudou num colégio dos Jesuítas, em Espanha. “Com dúvida ou sem ela, o aspecto religioso acompanhou-me sempre”, confessou.
“Todos os meus filmes são religiosos”, diz ainda.
Com dezenas de obras realizadas, o cineasta escusou-se a referir que filmes gostaria de aconselhar ao Papa.
“Quem sou eu para aconselhar Bento XVI?”, respondeu o decano do cinema mundial.
A respeito deste encontro, o padre e poeta Tolentino Mendonça – director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura – afirma que o Papa saberá que “quem lhe fala é um dos grandes criadores dessa extraordinária arte que é o cinema”.
No editorial da Agência ECCLESIA, o sacerdote madeirense assinala que, para Bento XVI, os grandes artistas são “mestres de humanidade e luzeiros que iluminam a procura de Deus”.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

QUARESMA - TEMPO DE REFLEXÃO


«É necessário que a escuta da Palavra se torne um encontro vital, segundo a antiga e sempre válida tradição da lectio divina: esta permite ler o texto bíblico como palavra viva que interpela, orienta, plasma a existência... Alimentar-nos da Palavra para sermos « servos da Palavra » no trabalho da evangelização: tal é, sem dúvida, uma prioridade da Igreja neste novo milénio.»

João Paulo II

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

FORMA DE AJUDAR DIFERENTE

Cada uma ajuda o outro, mais necessitado, como sabe, como pode, e às vezes até como quer.
Esta, porque sou também musico, gostei muito. É bom de se ouvir. Oiçam:

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

IN MEMORIAM D. MARIA ALICE POLONIA


5 De Janeiro de 2009. Os sinos tocam a finado. Lembrei-me de imediato: Foi a minha professora que faleceu. E foi mesmo. Devido a tanto trabalho na época de Natal, nem sequer tive tempo de ir a sua casa desejar-lhe um Bom Natal. Pois, é que não foi uma professora qualquer. Foi um símbolo para esta comunidade, pois já cá estava há mais de 60 anos, e foi minha professora, do meu pai e do meu filho mais velho. A D. Maria Alice Polónia, vai ficar eternizada na memória de centenas e centenas de pessoas que foram os seus alunos, e até de outros, que simplesmente cruzaram com ela. Com três filhos, dois médicos e em engenheiro, todos meus colegas, sempre falávamos da sua debilidade mas da sua determinação em viver. Consciente até ao último momento, a natureza foi mais forte. O coração parou. Coube-me no seu funeral e durante a cerimónia em momento próprio, ler uma mensagem de um dos seus alunos mais ilustres (Dr. Barbosa de Melo – ex presidente da AR). Durante os seus mais de 50 anos de ensino, também foi professora do também sobejamente conhecido, Sr. Dr. Cunha Rodrigues, juiz do tribunal europeu (ex PGR).
Porque a vida não acaba, apenas se transforma, cumpre-me o dever de rezar por ela.



IN MEMORIAM DE D. MARIA ALICE POLÓNIA


Na Liturgia desta tarde cabe também, com o consentimento do nosso pároco, Padre Paulo Jorge, uma palavra, discreta e sentida, dita em nome da Sociedade civil a respeito da professora D. Maria Alice Polónia, cujo corpo dentro em pouco vamos entregar à terra.
Seria impossível na circunstância descrever a vida e a obra desta notável Senhora e Mulher, mesmo que só nos seus traços mais visíveis.
Nossa professora do 1.º Ciclo por quase toda a sua longa carreira na escola pública, D. Maria Alice exerceu entre nós um ensino modelar, competente, humano, rigoroso e aberto; prestou à Comunidade de Lagares o benefício inestimável de uma presença cultural contínua, viva e actualizada; praticou uma afabilidade sem quebras no trato do dia-a-dia com os seus alunos de ontem e hoje e com os seus outros conterrâneos, que adoptou e carinhosamente a adoptaram, desde que aqui chegou há mais de 60 anos; foi incansável no seu gosto de ajudar os outros a vencer as dificuldades próprias e a compreender o sentido do respeito pela dignidade humana devido a todas as pessoas.
Na verdade, não fazia acepção de ninguém: pobres ou não, mais dotados intelectualmente ou menos, mais pacatos ou menos disciplinados, bem mandados ou mais desobedientes, todos, jovens ou adultos, sentiam que D. Maria Alice os tratava com respeitosa igualdade, dando, assim, permanente testemunho, nos seus actos e atitudes, de ser senhora de uma personalidade moral e cívica de excepção. E tudo isso fazia como se tudo lhe fosse natural.
Talvez o valor ou bem maior da herança espiritual que D. Maria Alice deixa aos lagarenses resida na simplicidade, seriedade e sentido de honra com que conscientemente assumiu o seu lugar e o seu tempo. Quando, no termo da sua brilhante carreira profissional, no início da penúltima década, o Governo lhe conferiu merecido galardão pelos serviços distintos que prestara no ensino, essas virtudes de simplicidade, seriedade e sentido de honra ficaram patentes nas palavras que proferiu no almoço com que os conterrâneos a homenagearam no dia em que recebeu a distinção. E atitude semelhante tomou quando, mais recentemente, lhe foi pedido um poema da sua autoria para letra do hino oficial da Freguesia. Também aqui, em vez de se ufanar, agradeceu!
À Família da Senhora D. Maria Alice, em especial a seu Marido, Filhos e Netos, o povo de Lagares manifesta publicamente, nesta hora de tristeza, as suas sentidas condolências.
Disse


(Prof. Dr. Antonio M. Babrosa de Melo)