São 00,20 do dia 30 de Novembro. Depois de ler, de redigir uma acta de uma Associação, fiquei aqui no meu sofá a pensar. Frio de 3º la fora. Silencio que aqui e a esta hora se consegue sentir. Tanto me vem ao pensamento. Tanto de bom e tão mau. Passado, com representação do futuro. È economia, é politica, é sociedade, é situação europeia, é situação mundial, e o estar mal, e ter a certeza evidente do pior. Será possivelmente um contra censo, mas não me quero recordar de 2010. Foi o período da minha vida de 52 anos, que mais dissabores conscientes me trouxe è minha vida. Amigos que apunhalaram e atraiçoaram, amigos cujo compostamente para comigo foi sempre um teatro; gente que eu tinha como da minha família, e que de repente nem um olá me dispensa, ainda que mais não fosse através de um sms. Cada noticia que me chega, ultimamente é sempre pior que a anterior… quem diria. E ainda falta um mês para este ano acabar. Que chegue depressa a 2011, pois nesse já sei o que nos espera a todos, e viverei possivelmente muito melhor, se a dor que sinto relativamente a algumas pessoas, for como uma espécie de ferida, mas já cicatrizada. Pior que o sentimento de ter um filho em missão em S. Tomé, é ter a certeza que alguém que durante muito tempo, considerei também como filho, e que actualmente tem um comportamento como se eu estivesse em Missão no local mais inóspito da floresta amazónica. Não pensem que tenho rancor ou outro tipo de sentimento mau por essas pessoas… não. Sinto uma magoa, que só teima em não passar definitivamente. Eu que tantas vezes cantei e toquei Não julgueis e não sereis julgados, perdoai e sereis perdoados. É o que tenho que fazer, estou a fazer, embora me custe muito, só porque sou humano. Melhores dias virão, se Deus quiser.